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Fecha os olhos…

Certa vez, um rabino contou esta história…

Um rapaz perguntou a um rabino:

– O senhor lembra-se de mim?

– Não, não lembro. Quem é você?

– Fui seu aluno na terceira classe. Há muitos anos já.

– É verdade, faz tempo. Como está sua vida? O que você faz?

– Hoje sou professor, assim como o senhor.

– Sim? O que inspirou você a ser professor?

– O que me inspirou a ser professor foi o senhor.

Eu vi o impacto que o senhor teve em mim e percebi que poderia fazer o mesmo na vida de outras crianças.

– Sério? Como é que eu o inspirei a ser professor?

– Que tipo de impacto é que eu tive em você?

– Vou recordá-lo, mas tenho certeza que o senhor se lembra da história.

Um dia, um dos meus amigos recebeu um relógio de pulso de presente. 

Eu sonhava com um relógio, mas não podia comprar um. 

Então, decidi roubar o relógio dele. 

O meu amigo voltou para a sala de aula e contou o que tinha acontecido. 

Pacientemente, o senhor reuniu toda a turma e disse: “Por favor, quem tirou o relógio desse menino, devolva-o”.

Eu fiquei muito envergonhado e não devolvi o relógio.

Aí, o senhor trancou a porta da sala e disse: “vou ter que colocar todos em fila e esvaziar os bolsos para recuperar o relógio. Lamento, mas terei que fazer isso”.

Nesse momento, pensei para comigo: “esse vai ser o momento mais constrangedor da minha vida. Estou arruinado”.

Com todos os miúdos alinhados, o senhor pediu: “por gentileza, fiquem de olhos fechados e só abram quando eu autorizar”.

O senhor foi de criança em criança, pedindo licença e procurando o relógio. 

Quando enfiou a mão no meu bolso, achou o relógio, mas continuou a revistar os bolsos dos restantes colegas.

Quando terminou, o senhor disse: “tudo bem, turma, podem abrir os olhos”. 

Devolveu o relógio ao dono e nunca falou nada para mim sobre isso. 

Jamais mencionou a história na sala de aula, nem sequer citou qualquer coisa que lembrasse o episódio.

Durante anos, pensei em como o senhor salvou a minha dignidade naquele dia, em vez de me rotular de ladrão. 

Foi aí que eu concluí: “Ele não é apenas um professor, é um educador. É isso que quero para a minha vida!”.

Após ouvir atentamente a história, o rabino exclamou:

– Isso é incrível! É realmente incrível!

– Mas o senhor não se lembra? Não se lembra da história? 

Quando o senhor me vê e ouve o meu nome, tenho a certeza que se lembra do roubo do relógio e o que senhor fez para não me envergonhar enquanto todos estavam de olhos fechados. 

Eu sou a criança que roubou o relógio.

– Na verdade, eu não teria como saber que era você. Não teria como saber dessa história…

– Porque não? É uma história bem marcante, dramática.

Sereno, o rabino disse:

– Porque eu também fechei os meus olhos.


Às vezes, para viver de uma forma mais sábia, é preciso saber fechar os olhos, na hora certa, a algumas coisas… 😉 

Um abraço e tem um excelente dia,

Marco Costa
www.omeunegocioimobiliario.com

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