Conta-nos o Evangelho de S. Marcos que, certa vez, quando Jesus estava a curar pessoas doentes e a expulsar demónios, os mestres da lei começaram a dizer que ele estava possuído por Belzebu.
E que era em nome do príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios.
A resposta de Jesus?
“Se um reino estiver dividido contra si mesmo, não poderá subsistir.
Se uma casa se dividir contra si mesma, igualmente não conseguirá manter-se firme.”
Isto vem a propósito de uma conversa que tive um destes dias com um colega que é dono de uma agência.
Contava-me ele que andava um bocado desfocado e que já estava a re-equacionar tudo:
Se estava no negócio certo, na marca certa ou então… se devia mudar alguma coisa. Ou tudo!
Não sabia muito bem o que fazer e neste momento estava a pensar muito sobre o assunto.
E percebia-se muito bem o quão desmotivado (e um pouco “perdido”) ele estava…
Ora, pensar em mudar (e em melhorar) não é mau.
Pelo contrário, pode ser muito positivo.
O que não é positivo é andar dividido…
Quando andamos divididos e ainda não decidimos o que fazer, a nossa atenção está desfocada.
Eu sei bem o que isso é, porque também já passei por alguns momentos assim.
Sem saber muito bem se havia de escolher um caminho ou outro.
Mesmo antes de eu me decidir levar esta actividade em frente (aquilo que faço hoje) e deixar a mediação imobiliária passei por um período assim…
E, a verdade é que, até eu me decidir, a minha vida parecia que estava em stand-by.
Não avançava.
Quase completamente estagnada.
E, um dia, parecia que tinha a certeza de uma coisa.
Mas, no dia seguinte, estava certo que o caminho era o oposto.
E foi só quando finalmente me decidi o que fazer, é que as coisas começaram a encaminhar-se.
É que, quando tu estás dividido, não consegues pensar com clareza.
E não dás o teu melhor.
Nem para um lado nem para o outro.
E isso é um desperdício de tempo e de energia.
Por isso hoje, se estás dividido com alguma coisa ou tens de escolher entre duas coisas que, aparentemente, são boas, e não sabes muito bem o que fazer…
Sugiro que faças o seguinte.
Dá um tempo (breve) a ti mesmo para chegares a uma decisão.
(Normalmente o pensar durante muito tempo não acrescenta nada a não ser uma certa angústia.)
Nessa data, seja lá ela qual for, compromete-te seriamente com a mesma.
E esquece a(s) outra(s) alternativa(s).
Dá 100% de ti à escolha que fizeste e vai com tudo.
Sem reservas e sem arrependimentos.
Então, e se não for a melhor escolha?, perguntas tu.
Então, duas coisas podem acontecer:
– Ou a tornas a melhor opção através do teu trabalho e compromisso;
– Ou te apercebes mais rapidamente que não foi a melhor escolha e podes conscientemente descartá-la sem pensares duas vezes.
Mas isto só pode acontecer quando te entregas totalmente à causa.
Até lá o teu reino (interior) anda dividido.
Faz sentido? 😉
Um abraço e tem um excelente dia,
Marco Costa
www.omeunegocioimobiliario.com
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